Mais provas contra general amigo de Lula, "sabia de tudo antes do dia 8"

 

O ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, disse à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que alertou o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias sobre possíveis atos violentos em Brasília, na semana que antecedeu os ataques do dia 8 de janeiro.

Em depoimento aos parlamentares, nesta quinta-feira (26), Cunha afirmou que a Abin produziu 33 alertas, que foram compartilhados com as forças de segurança federal e local.

"Os relatórios deixam bem clara a evolução dos fatos. [...] Eu liguei para o general, G. Dias, por volta de 13h30 [do dia 8], um pouco antes da manifestação sair, e disse para ele - eu acho que ele relatou isso inclusive - que estava muito preocupado, que a manifestação já claramente caminhava para um destino violento", disse.

De acordo com Cunha, ainda nos dias 4 e 5 de janeiro, a adesão de manifestantes para o dia 8 de janeiro era baixa. No entanto, entre os dias 6 e 7, o cenário mudou.

"Tínhamos incitações de ocupação de prédios públicos e atos antidemocráticos. Os alertas indicaram isso", diz.

Segundo o ex-diretor-adjunto, na manhã do dia 7 de janeiro, a agência tinha informações de que mais de 100 ônibus com manifestantes estariam a caminho do Distrito Federal. "Todas as informações foram compartilhadas. A princípio com órgãos federais", afirma.

Cunha disse ainda que, no dia 8 pela manhã, já havia identificação de "elementos radicais", que estavam no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército. "As informações foram compartilhadas", afirmou.


G1

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