VAMOS SAIR DA TOCA
“Trate seus soldados como filhos e eles te seguirão a qualquer lugar, trate-os como filhos queridos e eles darão a vida por você”. Sun Tzu
Por conhecermos o passado dos nossos irmãos de armas, na qualidade de veteranos, acreditamos nas nossas Forças Armadas, no nosso Exército, no Exército de Caxias e Sampaio, na Marinha do Almirante Barroso, na Força Aérea de Eduardo Gomes e Santos Dumont. Conforme entendimento do Dr. Antônio José Ribas Paiva, “As instituições militares são nossas e não devem ser rotuladas pelas falhas dos homens. Temos que conscientizar os membros das forças, de que servem o povo e não governos, além disso, precisa ficar claro, que a diferença entre o civil e o soldado é que o militar além de cidadão ganha soldo para defender o povo. Parafraseando Reagan, “O GOVERNO É O PROBLEMA, NÃO SOLUÇÃO”, portanto, deve estar sob a fiscalização permanente de todos. Caso extrapole, deve ser corrigido imediatamente ou defenestrado, pelos instrumentos de força da Nação, responsáveis pela consecução e manutenção dos NOSSOS OBJETIVOS NACIONAIS PERMANENTES.
Aprendemos que não se ganha a guerra na defensiva, é preciso sair da toca, avançar e atacar, essa é a função primordial do combatente. “A atitude dos seus superiores terá uma influência muito grande sobre o que o homem pensa a respeito do seu trabalho. O enfraquecimento do moral e da disciplina, em um exército, normalmente tem como causa fundamental o fato do seu comandante e dos comandos intermediários cometerem o erro de tratar os homens como crianças ou servos, em lugar de demonstrarem respeito pela sua maturidade mental. Além disso, asseguro não ser possível, para um corpo de oficiais, encarar padrões elevados, neste particular, se os seus próprios membros foram, frequentemente, habituados a “comer de colher”. Esta foi a causa de algumas de nossas dificuldades. As exigências da guerra moderna são tais que nós, certamente, não pretendemos produzir soldados em série. Esta regra aplica-se tanto aos oficiais quanto aos praças. A maior liberdade de que necessitamos nada tem a ver com o comportamento social ou privilégio. É a liberdade de pensar corajosamente para o bem comum, pois, como disse Kant: “Gravamos mais e lembramos melhor as coisas que aprendemos por experiência própria.”
“Moral é o pensamento de um exército. É todo o complexo conjunto do pensamento de um exército, o modo como ele se sente em relação à terra e ao povo ao qual pertence. O modo como se sente em relação à causa e à sua política comparada com as outras causas e políticas. Como se sente em relação a seus amigos e aliados, bem como aos inimigos; em relação aos seus comandantes e aos seus maus elementos; à comida e ao alojamento, dever e folga, pagamento e sexo, militarismo e civilismo, liberdade e escravidão, trabalho e necessidade, armas e camaradagem, faxina e ordem unida, disciplina e desordem, vida e morte, Deus e o Diabo.”
Os soldados podem suportar vicissitudes. A maior parte de seu treinamento é orientado no sentido de condicioná-los para suportarem privações e esforços fora do comum. Mas nenhum poder no mundo pode reconciliá-los com a ideia de terem de suportar vicissitudes que o senso comum considera desnecessárias e poderiam ter sido evitadas, caso seus superiores fossem mais inteligentes. Quanto mais inteligente for o soldado, mais provável será que veja este fato como uma prova da indisciplina dos escalões aos quais está subordinado e responda da mesma maneira.
“Nenhum homem quer morrer. O que os induz a arriscar a vida com bravura?” Eis a pergunta formulada um dia pelo Marechal-de-Campo Sir Archibald Wavel. A única resposta que me parece admissível, em face de tudo quanto observei sobre o homem no campo de batalha, é que ele será persuadido, em grande parte, pelas mesmas coisas que o induzem a encarar a vida com bravura: amizade, amor à responsabilidade e a noção de que é merecedor da fé e da confiança dos outros. Em seus momentos de lazer, Waver dizia que “a fé em uma causa pode ter grande significação”, mas o Major – Gen Terry De La Mesa Allen, falando do campo de batalha, na Sicília, declarou que os homens não lutam por uma causa e sim por não quererem abandonar os seus camaradas. Onde está a verdade?
Certamente, “o diagnóstico da doença deve preceder o remédio: o objeto da busca deve ser conhecido antes, para que possa ser realizada de maneira inteligente.” ” In Homens ou Fogo– Bibliex. VAMOS ACORDAR MEU POVO! ADSUMUS.
São Paulo, 02 de outubro de 2023.
João Florêncio Sobrinho – O Arataca
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