MILÍCIA INSTALA PORTÕES E COBRA TAXAS POR CHAVES PARA MORADORES NO RJ
Na comunidade de Rio das Pedras, localizada na Zona Oeste do Rio de Janeiro, grupos milicianos continuam a ampliar sua influência e controle sobre o cotidiano dos moradores. A mais recente prática adotada pelos criminosos envolve a instalação de portões em diversas ruas da região, acompanhada da cobrança pela entrega das chaves aos residentes.
Confira detalhes no vídeo:
A medida, apresentada como uma suposta forma de aumentar a segurança no local, na prática transforma-se em mais uma fonte de arrecadação para os grupos armados que atuam na área. Os portões são instalados de maneira irregular, sem autorização do poder público, e passam a funcionar como barreiras físicas sob controle exclusivo da milícia. O acesso a essas vias fica condicionado ao pagamento de taxas para obtenção das chaves, que são vendidas diretamente pelos integrantes do grupo criminoso.
Moradores que se recusam a pagar ou questionam a prática enfrentam intimidações e ameaças, o que torna inviável qualquer forma de resistência. Em muitos casos, as famílias não recebem sequer um comprovante da cobrança, o que evidencia o caráter ilegal e coercitivo da ação. Além disso, a circulação de visitantes, prestadores de serviço e entregadores também passa a ser monitorada e, em alguns casos, condicionada a autorização ou pagamento adicional.
Essa nova modalidade de extorsão se soma a outras práticas já consolidadas pelos milicianos na região, como a cobrança por serviços de internet, TV a cabo, gás encanado, transporte alternativo e até segurança privada. O controle territorial exercido por esses grupos transforma bairros inteiros em áreas dominadas, onde o Estado se faz ausente e a população se vê refém de um regime paralelo de regras impostas pela força.
A instalação dos portões ainda tem impacto direto sobre a mobilidade urbana, bloqueando vias públicas e limitando o direito de ir e vir. Em áreas afetadas, o acesso de viaturas da polícia, ambulâncias e serviços de emergência pode ser dificultado, o que representa um risco adicional para os moradores. A criação de barreiras físicas também compromete a dinâmica do bairro, isolando ruas e alterando o fluxo de veículos e pedestres.
A situação em Rio das Pedras não é um caso isolado. Em outras comunidades da capital fluminense, práticas semelhantes vêm sendo adotadas por milícias, que buscam diversificar suas fontes de renda e consolidar seu domínio sobre territórios. A fragilidade das instituições públicas, aliada à escassez de políticas efetivas de segurança e urbanização, permite que esses grupos operem com relativa liberdade e impunidade.
Enquanto isso, a população local continua a conviver com o medo e a dependência de uma estrutura de poder paralela, que dita regras, cobra taxas e lucra com a ausência do Estado. A presença ostensiva da milícia e a prática de instalar portões com cobrança de chaves escancaram mais um capítulo da crise de segurança e governança que afeta o Rio de Janeiro, especialmente nas áreas mais vulneráveis.
Freixo só combateu as milícias quando elas eram formadas por policiais que, com aprovação das comunidades, as monetizavam para custear as despesas e assim reprimir o crime naqueles locais. Hoje, as milícias se tornaram facções criminosas com os mesmos requintes dos tradicionais traficantes. Freixo se calou a respeito do assunto.
Freixo só combateu as milícias quando elas eram formadas por policiais que, com aprovação das comunidades, as monetizavam para custear as despesas e assim reprimir o crime naqueles locais. Hoje, as milícias se tornaram facções criminosas com os mesmos requintes dos tradicionais traficantes. Freixo se calou a respeito do assunto.
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