MINISTRO DE LULA FALA EM DESMILITARIZAR POLÍCIA E ATACA GOVERNADORES

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, manifestou apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública nesta segunda-feira (15), colocando novamente em pauta a discussão sobre a desmilitarização das polícias estaduais. Durante sua declaração, o ministro criticou a oposição de alguns governadores à medida e fez uma analogia com o comportamento de líderes da República Velha, ao mencionar o que classificou como práticas de “mandonismo local”.

A PEC em questão propõe mudanças estruturais no modelo de segurança pública adotado no Brasil, com destaque para a reformulação do papel das polícias militares. Um dos principais pontos da proposta é a transição de um modelo militarizado para um de caráter civil, o que provocaria mudanças na organização, nos métodos e na supervisão das corporações estaduais.

Hoje, as polícias militares operam sob um regime semelhante ao das Forças Armadas, com forte hierarquia e disciplina rígida. Para os que apoiam a desmilitarização, esse formato compromete a transparência, dificulta o controle social e enfraquece a ligação entre a polícia e a população. Outro ponto frequentemente levantado é a divisão de funções entre a polícia militar, que atua na prevenção, e a polícia civil, responsável pelas investigações, o que pode gerar conflitos e ineficiência.

Na avaliação de Lewandowski, a proposta representa uma oportunidade para reavaliar a distribuição de competências entre União e estados no setor da segurança pública. A resistência de governadores, segundo o ministro, estaria mais ligada à preservação de poderes locais do que a preocupações técnicas. A referência à República Velha foi utilizada para ilustrar essa postura, sugerindo que há governantes ainda apegados a um modelo ultrapassado de centralização estadual.

O governo federal vê a PEC como parte de um esforço para reestruturar o sistema de segurança no país, diante dos altos índices de violência, das limitações operacionais e da baixa confiança nas instituições policiais. A proposta também inclui a ampliação de mecanismos de controle e fiscalização das corporações, buscando maior transparência e eficiência nas ações policiais.

Apesar de o projeto enfrentar críticas e obstáculos, tanto políticos quanto institucionais, o apoio de figuras do governo federal indica uma tentativa de avançar com o tema no Congresso. Mudanças como a desmilitarização demandam alterações constitucionais e uma série de adequações administrativas, além de envolverem questões culturais e históricas que tornam o debate ainda mais complexo.

O caminho até a eventual aprovação da PEC ainda é longo, mas a defesa pública feita por Lewandowski reforça a disposição do governo de provocar mudanças estruturais na segurança pública. O debate promete ser intenso, pois envolve não apenas o funcionamento das polícias, mas também a redefinição do papel do Estado na garantia da ordem e da justiça em todo o território nacional.

Pensando Direita

Os policiais militares são simpáticos à proposta, vêm a possibilidade de ser  neutralizado o regulamento disciplinar. Mas, militar ou civil, sempre haverá um regramento disciplinar.

Comentários

  1. Os policiais militares são simpáticos à proposta, vêm a possibilidade de ser neutralizado o regulamento disciplinar. Mas, militar ou civil, sempre haverá um regramento disciplinar.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Elon Musk cria site para expor ao mundo os “crimes de Moraes”

Rubens Paiva o Mártir que Matou muita gente

USAID FRAUDOU AS ELEIÇÕES DO BRASIL E AS CHAMOU DE “AÍD”