Resumo da Revista Timeline

 

Bolsonaro e as explicações de um inocente

O prazo para que a defesa de Jair Bolsonaro explique o descumprimento de medidas restritivas impostas ao ex-presidente termina nesta sexta-feira (22), às 20h34. O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que os advogados se manifestem em até 48 horas sobre o caso.

A investigação apura a atuação de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro em ações de "coação contra autoridades brasileiras" envolvidas no processo que trata da tal "tentativa de golpe de Estado". O ex-presidente é um dos réus nessa ação penal, que tem julgamento marcado para setembro.


Na última quarta-feira, Moraes intimou a defesa a esclarecer três pontos: "os reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas; a repetição de condutas ilícitas; a existência de comprovado risco de fuga".

Embaixada americana no Brasil reage a Moraes

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil reagiu à ameaça do ministro Alexandre de Moraes sobre punir bancos brasileiros que aplicarem sanções estrangeiras, sem a permissão da Justiça do Brasil.


Em nota, a representação diplomática dos Estados Unidos em Brasília afirmou que o país continua firme no "compromisso de responsabilizar violadores de direitos humanos por meio de medidas como as sanções da Lei Global Magnitsky": "Essas sanções impostas pela legislação americana são ferramentas essenciais de responsabilização e não podem ser enfraquecidas sem gerar consequências financeiras significativas. As declarações do ministro Alexandre de Moraes, incluindo as que tratam de exigências para bancos brasileiros, estão fundamentalmente equivocadas e refletem um padrão preocupante de abuso de poder judicial".

Além de se opor às falas de Moraes, a embaixada ainda questionou o governo brasileiro: "Os líderes eleitos do Brasil agirão de forma decisiva para se opor a essa situação?".

Governo Trump de olho em Fachin


O governo de Donald Trump estuda devolver o visto do ministro Edson Fachin como estratégia para um cenário após o julgamento de Jair Bolsonaro na Primeira Turma do Supremo. No colegiado, composto por 5 magistrados, a condenação no mês que vem é dada como certa até mesmo por aliados do ex-presidente da República.

A Casa Branca calcula que Fachin, que assumirá a presidência da Corte em 28 de setembro, pode, no comando do tribunal, encaminhar o recurso apresentado por Bolsonaro para que seja apreciado pelo plenário do STF.


Na avaliação de integrantes do Departamento de Estado americano, Fachin não tem tensionado as relações entre Brasil e Estados Unidos e poderia assumir papel de "pacificador". A devolução do visto seria um aceno de Washington.

"Turma do amor" ameaça advogado americano


O advogado americano Martin De Luca, que atua para a Trump Media e a Rumble nos Estados Unidos, recebeu ameaças no celular após o seu número vazar no inquérito da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.


O relatório produzido pela corporação foi disponibilizado pelo STF "de modo a atender ao interesse público". Nele, o número de Martin De Luca com prefixo de Nova York aparece sem tarja, assim como o de outras pessoas citadas na investigação, como o próprio Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.


Uma pessoa próxima ao advogado disse o seguinte: "Tão logo o relatório foi tornado público, Martin De Luca recebeu dezenas de ameaças, contra ele e a família dele, no celular. Acreditamos que possa ter sido uma ação premeditada e coordenada, porque as ameaças foram enviadas com grande velocidade até mesmo para o e-mail dele, que sempre foi público".


Os delírios da imprensa que desistiu de ser imprensa


"Comentaristas" do Uol se fartaram de dizer absurdos sobre as mensagens vazadas pela Polícia Federal de Jair e Eduardo Bolsonaro e Silas Malafaia. O portal do Grupo Folha afirmou o seguinte: "Mensagens chulas enterram chance de Eduardo Bolsonaro ser o sucessor do pai"; "Mensagens enterram família Bolsonaro, e Jair vira passado na direita"; "O linguajar e o despudor das conversas são chocantes. Eduardo deixou todas as suas digitais. É a pá de cal do bolsonarismo como linha de frente da direita"; "Os diálogos deixam claro que o objetivo de Jair e Eduardo é se safar"; "Bolsonaro ficou no passado. Agora, Lula está focado em sua maratona diplomática para tentar remendar o que Trump rasgou"...


O Globo publicou hoje na primeira página: "Mensagens expõem direita dividida e uso do tarifaço para anistia pessoal". O jornal carioca também publicou o editorial "Bolsonaros só agem em benefício próprio, revela PF"...


A Folha publicou artigo com o seguinte título: "Mensagens vazadas arranham imagem de ex-presidente". Um trecho diz que "Jair Bolsonaroemerge como figura diminuída, com o projeto de se martirizar perante aopinião pública". O jornal ainda publicou o editorial: "Mensagens expõem crueza e farsa dos Bolsonaros". O subtítulo é: "Revelação de conversas rudes e insultuosas do ex-presidente Jair e seu filho fujão Eduardo atesta a vileza e a mesquinhez de seus objetivos e sua capacidade de atropelar quaisquer princípios ou valores em nome deles".


O Estadão também conseguiu concluir o que as mensagens vazadas absolutamente não mostram... O jornal publicou hoje o editorial "Ruína de Bolsonaro é chance para a direita"... O subtítulo é: "Tendo ficado claro que o ex-presidente só pensa em si mesmo e está se lixando até para aliados, cabe aos verdadeiros conservadores abjurar o clã que lesa o Brasil para se safar da Justiça".

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