A Globo e a construção de uma identidade artificial.

 

A poderosa empresa de mídia que dominou o Brasil por décadas está em flagrante declínio.

Três fatores impulsionam e aceleram essa mudança brutal que levam a um estado de colapso, de ruína acompanhada de decadência e degradação.

O primeiro e o advento da disrupção digital e a explosão das mídias sociais como fenômeno de geração de conteúdo e fonte primária de informações disponíveis a toda sociedade.

O segundo a pulverização e divisão dos negócios entre muitos herdeiros e o despreparo dos sucessores de Roberto marinho para lidar e planejar taticamente a estratégia da empresa para este novo cenário.

E o terceiro e não menos importante, foi a ruptura do duto de abastecimento financeiro que a Globo tinha com o Governo Federal e empresas públicas rompido drasticamente pela gestão do Presidente Bolsonaro.

Cada uma dessas variáveis pode ser analisada de forma bem ampla.

Contudo, a mais contundente delas é a terceira. Ou seja: o fim da mamata do dinheiro fácil.

O socorro de caixa rápido para o giro diário secou!

É isso que teve influência direta na linha editorial dos veículos da emissora.

A grana vinda na moleza representava um significativo percentual nos resultados econômicos para a família e seus bandos de chupins.

Agora são muitas galinhas para poucos ovos. Ou muitos bezerros gulosos para quase nenhuma teta.

E para a Globo o mais fácil é tentar reverter o quadro de curto prazo, ao invés do trabalhoso processo de reorganização gerencial e estratégico dos negócios.

Então, escolheu a rota suicida do tudo ou nada.

Tudo é eleger Lula para que as coisas possam voltar a ser o que eram, já que tentaram garrotear o Capitão que não se rendeu ao bombardeio absurdo de 48 meses.

Nada é a manutenção de Bolsonaro.

Através de personagens subordinados, servis, submissos que cumprem o papel de pau de arrasto, como Willian Bonner e Renata Vasconcellos, a Globo põe o bloco na rua e desce a lenha no Presidente com o objetivo de eleger lula.

Erram feio. Não se ligaram que perderam a relevância, a dimensão, a autoridade e já não são mais úteis.

O fervor impulsivo em busca do retorno da receita fácil, esbarra numa parede de resistência da base social atenta e participativa que acredita no Chefe de Estado e quer sua reeleição.

E esse círculo de derrotas da Globo vai chegar ao ponto do desespero e do medo, já que todos que estão dentro do bonde desgovernado descendo a ladeira, são uma casta que vai perder os privilégios.

E essa é uma história que se repete no Brasil e no mundo, já que outros impérios de comunicação, com enredos mais ou menos parecidos, também derreteram.

É só lembrar dos Diários Associados de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo, do Jornal do Brasil, do Jornal do Comércio, Gazeta Mercantil, das Redes Tupy e Manchete, entre muitas outras.

A subserviência servil dos âncoras e comentaristas subordinados agindo como lacaios se torna compreensível.

É gente acostumada a pensar que ainda têm alguma importância, quando estão fazendo papel de idiotas.

O mesmo enredo é seguido pelo chamado “consórcio de mídia”.

Na verdade esse grupo forma uma ilha que se apega numa miragem e hoje navega desgovernada tentando nos fazer crer nas suas ilusões e fantasias.

É a construção de uma identidade artificial e de uma realidade alterada, de ficção, motivada pelo desespero.

Não vai sobrara pedra sobre pedra, já que não há mal que dure sempre, nem teta que não seque!

Lá vem a Globo descendo o morro da vó Salvelina...

Luiz Carlos Nemetz, editorialista do Jornal da Cidade On Line

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