Entrevista ou farsa?
A Globo finalmente arrancou a máscara. Até então todos
desconfiavam do posicionamento da emissora, mas, nesta quinta, o Brasil
inteiro, boquiaberto, assistiu a emissora dos Marinhos abrir espaço de 40
minutos para um candidato que cumpriu pena e passou 580 dias na prisão após ter
sido condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, fazer
um comício disfarçado de entrevista.
Descondenado pelo Supremo por filigranas jurídicas, hoje
disputa a Presidência do Brasil e enche de vergonha os brasileiros que ainda
possuem consciência moral e querem uma representatividade limpa perante o mundo
e não um ex-condenado da justiça dirigindo a Nação e se exibindo como
representante do povo brasileiro aos outros ovos do mundo.
É isso o Brasil? É esse tipo o representante do povo?
Isso é o melhor que temos para representar o povo
brasileiro?
De forma vergonhosa os dois entrevistadores deixaram o
sujeito que cometeu, junto com seu partido, o maior assalto já praticado a uma
nação na história da humanidade, falar como um papagaio gabola, elencar
mentiras sobre mentiras e ainda fazer promessas ao povo que foi surrupiado
durante o seu governo.
Desprezíveis em suas atitudes, os dois entrevistadores
levantavam as bolas para o ex-condenado cortar para todos os lados. Livre, leve
e solto não foi perguntado sobre a delação de Palocci, sobre o Sítio, sobre a
roubalheira junto com as empreiteiras... Entendendo qual era a proposta, o
ex-tudo posou de moralista e disse, ainda que nunca houve corrupção em seu
governo.
E por tabela afirmou que a ex-“presidenta” Dilma fez um
governo extraordinário!
Faltou ele jurar que nunca houve 13 milhões de desempregados
ao final do governo Dilma, onde ele dava as cartas. Que ele não foi condenado
por lavagem de dinheiro e corrupção passiva em três instâncias, julgado por nove
juízes, mas em 2021 teve as sentenças anuladas por Edson Fachin, ministro do
Supremo Tribunal Federal (STF), em razão de entendimento de erro processual por
incompetência de foro.
O país incrédulo viu e ouviu tudo. E a cara de satisfação
dos dois entrevistadores era ainda mais chocante. É como se Lula e os
entrevistadores dissessem:
- “Estamos falando para um bando de desmemoriados. A
população brasileira não lembra nada sobre os bilhões roubados e devolvidos,
sobre a Lava Jato, sobre as propinas, sobre a roubalheira... Então podemos
inventar outra realidade”.
E o que posava de entrevistado inventou.
Disse que o MST não invadiu propriedades produtivas.
E de novo os dois entrevistadores se calaram. Isto é,
concordaram que nunca houve invasões de fazendas, fábricas e até no Congresso,
em Brasília. Que nunca houve o MST, nem o “Exercito de Stedille” e que esse “exercito”
estava sempre a postos para defende-lo. Não, nunca houve isso> O MST produz
para o Brasil produtos diferenciados...
Foi um apagão à moda de Stálin. Sumiram todos os desmandos e
todas as roubalheiras. Nada aconteceu!
Com a emissora a sua disposição, o sujeito que quer “voltar
à cena do crime”, segundo as palavras de Alckmin, seu vice, falou o que quis e
não quis.
Não respondeu a questões que interessavam ao povo
brasileiro, como os bilhões enviados a ditadura de Cuba, Venezuela e países
africanos. Não foi interrompido, ao contrário, interrompeu e fez perguntas aos
entrevistadores mostrando que ele mandava ali.
Não se comprometeu com coisa alguma e ainda disse que faria
surpresas ao Ministério Público.
Foi um verdadeiro programa eleitoral patrocinado por uma
emissora decadente e que ainda imagina mandar no Brasil e aposta na falta de
memória da população para eleger os mesmos que assaltaram a Nação Brasileira.
Basta relembrar as palavra de Bonner no início do programa:
- “O senhor nada deve a justiça”.
Não, não foi uma entrevista, foi uma farsa!
Comentários
Postar um comentário