Aldo Rebelo denuncia tratamento de ONG aos yanomami
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o ex-ministro Aldo Rebelo denunciou o tratamento de uma ONG aos povos indígenas yanomami, em Roraima. No episódio descrito por Rebelo, a representante de uma ONG tentou esconder de dois militares a situação dos yanomami. Além disso, ele destaca o verdadeiro estado de calamidade em que os yanomami viviam. Situação essa que era considerada “comum” pela ONG.
“Eu fui visitar a aldeia e estava acompanhado do então coronel Eduardo Villas Bôas, depois comandante do Exército, e do saudoso general Claudimar”, explicou Rebelo. “Quando chegamos na aldeia, havia uma moça de uma ONG que barrou a entrada do coronel e do general. Ela disse que somente eu poderia entrar no local, pois, na época, eu era deputado. Para não criar confusão na visita, repeitamos a decisão. Quando entrei na aldeia, o que me chocou foi o estado de subnutrição dos índios, a presença de fuligem, a ausência de água encanada, de luz elétrica e a presença de doenças infecciosas.”
Quando o ex-ministro interpelou a representante da ONG sobre o motivo de eles não trazerem água e luz do pelotão para os yanomami, ela respondeu que isso “atrapalhava a cultura” dos indígenas. “O que realmente atrapalha as populações indígenas é justamente o abandono em que elas se encontram”, afirmou Rebelo. “A ausência de infraestrutura, de água, de luz, de saúde e de educação. É de desenvolvimento que as populações indígenas precisam.”
“Moram em maloca circular, fechada lateralmente por madeira e coberta com palha, em cujo interior as famílias delimitam seu espaço com redes em torno de um fogo”, conta Villas Bôas, referindo-se aos yanomami de Surucucu. “Nesse ambiente, respiram um ar carregado de fumaça, que, associado à inexistência de hábitos de higiene elementares, e submetidos ao clima relativamente frio e úmido peculiar da altitude da Serra de Surucucu, resulta num alto índice de doenças respiratórias, mormente entre as crianças. A expectativa de vida entre aquela população pouco ultrapassa os 30 anos.”
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