Exército faz vontades do governo Lula e divulga processo de Pazuello;
Os documentos mostram que o comandante do Exército da época, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, já havia sido avisado pelo próprio Pazuello de que este iria à “motociata” no Rio de Janeiro a convite de Bolsonaro.
Pazuello afirmou em sua justificativa que informou “por telefone no sábado que iria ao passeio no domingo, a convite do presidente”.
O comandante confirmou a informação ao escrever, no parecer sobre o caso, que Pazuello “efetivamente comunicou a este comandante que se deslocaria à cidade do Rio de Janeiro, a fim de participar do passeio motociclístico”, a convite de Bolsonaro e organizado e patrocinado por associações e clubes de motociclistas da capital fluminense.
Não é citado se Pazuello recebeu uma autorização formal por parte de Paulo Sérgio Nogueira para ir ao evento.
Os documentos agora revelados também mostram que o chefe do Exército concordou que a presença e a fala de Pazuello em cima de um caminhão de som não teve viés político-partidário.
A divulgação dos documentos foi feita por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) depois que a Controladoria-Geral da União (CGU) acolheu parcialmente recursos interpostos junto ao órgão após o Exército se negar a fornecer as informações completas sobre o caso.
Após diversas solicitações, inclusive da CNN, o Exército só havia liberado o extrato do processo administrativo.
O extrato, de duas páginas, trazia um resumo de informações que já são públicas sobre o caso, sem detalhes das avaliações e tomadas de decisões. O deferimento da CGU foi parcial, porque o acesso foi concedido com trechos ocultados por tarjas, o que foi cumprido.
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