Polícia Militar não cumpriu seu papel, diz Dino sobre 8 de Janeiro

 

Ministro voltou a negar ter recebido informações de inteligências antes de invasões às sedes dos Três Poderes.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, voltou a negar nesta 3ª feira (28.mar.2023) que tenha sido alertado por órgãos de inteligência sobre organizações para os atos do 8 de Janeiro, em que extremistas de direita invadiram às sedes dos Três Poderes, em Brasília. Ele afirmou que na ocasião a Polícia Militar do Distrito Federal não cumpriu seu papel.

A Polícia Militar do Distrito Federal, infelizmente, não cumpriu aquilo que estava escrito. Escrito onde? No planejamento operacional da Secretaria de Segurança do Distrito Federal, que é o órgão constitucional competente para prover a garantia da ordem pública. Fui avisado por telefone que a Polícia Militar do Distrito Federal não estava cumprindo o seu papel”, disse o ministro em reunião da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Câmara.

Na audiência, a deputada Caroline de Toni (PL-SC) apresentou reportagem do jornal Folha de S. Paulo, que menciona a existência de relatórios da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), enviados dias antes dos atos extremistas, sobre os riscos das manifestações do 8 de Janeiro.

Dino negou ter tido acesso a relatórios da Abin. O ministro disse, no entanto, que viu publicações nas redes sociais sobre o movimento do 8 de Janeiro. Ele afirmou que consultou os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Distrito Federal, Ibaneis Rocha(MDB). “Os 3 governadores disseram a mesma coisa: nós vamos cumprir a Constituição”, afirmou.

A reunião da CCJ foi marcada por embates entre congressistas da oposição e aliados do governo. A reunião teve 107 deputados inscritos para falar. Flávio Dino foi convidado para falar sobre as ações do governo antes e depois dos atos de 8 de Janeiro; a política de armas e novos decretos sobre o assunto; e a visita realizada no Complexo da Maré (RJ) em 13 de março.

Na Câmara, Dino foi convidado para comparecer em 3 comissões. Dos 21 ministros com convites aprovados, foi o maior alvo dos deputados com ao menos 26 requerimentos. Deputados aliados do governo articularam acordo para transformar os pedidos em convites –a maioria era de convocação, em que a presença é obrigatória.

Dino também é esperado na Câmara em 11 de abril em reunião conjunta das comissões de Fiscalização e Controle e de Segurança Pública –ambas presididas por deputados do PL.

Poder 360

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