Buscas contra Carlos foram feitas pela PF em casa onde Bolsonaro fez live
Nesta segunda-feira (29), a Polícia Federal conduziu uma operação de busca e apreensão em uma residência localizada em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, onde Jair Bolsonaro realizou uma transmissão ao vivo em suas redes sociais no domingo (28). Durante a manhã, o ex-presidente e seus filhos estavam presentes no local e deixaram a residência utilizando um barco.
Além disso, a operação visou possíveis receptores de informações ilegalmente obtidas pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), incluindo o vereador Carlos Bolsonaro. As autoridades foram autorizadas a realizar buscas em sua residência e em seu gabinete na Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Segundo informações do G1, durante a operação, um computador pertencente à Abin foi apreendido na posse de Carlos Bolsonaro. O ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso, foi o signatário da autorização para os mandados.
As investigações da Polícia Federal sugerem que, durante o mandato de Jair Bolsonaro, a Abin atuou ilegalmente como uma entidade de coleta de informações sem a devida autorização judicial, além de servir como fonte de disseminação de informações falsas por perfis de extrema direita, com o propósito de difamar instituições e autoridades.
Em outra frente, a Abin também teria sido mobilizada para proteger os filhos do ex-presidente Bolsonaro de investigações conduzidas pela Polícia Federal.
Crise na Abin
Na última quinta-feira (25), o ministro do STF Alexandre de Moraes afirmou que o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, usou o órgão para fazer espionagem ilegal a favor da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entre autoridades espionadas estavam a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT) e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia.
Apurações da PF apontam que a Abin teria sido “instrumentalizada” para monitorar ilegalmente uma série de autoridades e pessoas envolvidas em investigações.
O uso indevido da Abin teria ocorrido quando o órgão era chefiado por Alexandre Ramagem (PL-RJ), que atualmente é deputado federal.
STF reage à estrondosa audiência da live de Bolsonaro.
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