Bolsonaro chama Lula de “amigo” do Hamas e cita refém brasileiro


O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o atual ocupante do cargo, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pela postura adotada diante do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Em suas redes, Bolsonaro acusou Lula de ser “amigo” do grupo terrorista Hamas e questionou o empenho dele em libertar o brasileiro capturado.

– O Hamas executou o refém brasileiro e Lula, mais uma vez, não foi ouvido (se é que ele se empenhou) pelos seus amigos terroristas – escreveu o ex-presidente na rede social X (antigo Twitter).

A declaração de Bolsonaro ocorre após evento em Guarulhos neste sábado (25), quando o petista pediu solidariedade às mulheres e crianças “que estão morrendo na Palestina por conta da irresponsabilidade do governo de Israel”.

– A gente não pode se calar diante das aberrações. A gente não pode deixar de ser solidário porque amanhã a gente vai precisar de solidariedade – discursou o presidente da República.

A fala de Lula ocorreu no mesmo dia em que Israel voltou a bombardear a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, contrariando a determinação da Corte de Haia que pedia o fim dos ataques na região, e um dia após o Exército israelense encontrar o corpo do brasileiro Michel Nisenbaum, que foi assassinado no sul do país pelo Hamas e teve o corpo levado para a Faixa de Gaza. Natural de Niterói (RJ), ele tinha 59 anos e deixa duas filhas e seis netos. No discurso em Guarulhos, Lula não mencionou a morte de Nisenbaum.

Brasil e Israel vivem uma crise diplomática desde que o presidente brasileiro comparou as ações do governo israelense na Faixa de Gaza ao genocídio perpetrado por Adolf Hitler que exterminou milhões de judeus. A postura de Lula é criticada pela oposição e por parte da comunidade judaica, que vê condescendência com o Hamas e falta de veemência nas críticas do presidente à organização terrorista.

Ainda nas redes sociais, Bolsonaro comparou o caso de Nisenbaum com o sequestro da senadora colombiana Ingrid Betancourt pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em 2002.

– Os narcoterroristas também ignoraram Lula – disse o ex-presidente, relacionando a organização ao Foro de São Paulo (FSP), formado por partidos de esquerda da América Latina.

*AE


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