Paes desponta como líder político da 3ª via, já que Lula o faz perder votos

Graças ao carisma e à gestão bem avaliada, o prefeito Eduardo Paes (PSD) pode fazer história nas próximas eleições municipais como praticamente o único líder político a se eleger descolado da polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro.

Lula apoia Paes e, embora esse suporte traga verbas e prestígio ao prefeito, pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta-feira (24) aponta que o presidente não agrega votos ao prefeito. Ao contrário: ele tira.


Simulação feita pelo instituto mostra que Paes perde 6% das intenções de votos, quando os eleitores são informados que ele é apoiado por Lula.


Esses números ajudam a entender um pouco da resistência do prefeito em ceder a vice para o PT, indicação que ainda é cobiçada pelo PSB e pelo PDT. O preferido de Paes para a vaga é o deputado Pedro Paulo (PSD), apesar de um suposto vídeo íntimo que estaria circulando no meio político do Rio.



Se Paes for reeleito e renunciar para tentar o governo do Estado, a prefeitura do Rio pode cair no colo desse vice.

"O Paes não é bolsonarista e nunca vai ter o voto do eleitor raiz do Bolsonaro, mas ele também não pode ser petista, porque senão ele afasta o voto do eleitor que é anti-PT", diz Felipe Nunes, diretor da Genial Quaest. "Ele é o único prefeito que consegue conversar com os dois lados e está se transformando numa alternativa importante para o centro brasileiro."

Vale lembrar que Bolsonaro venceu na capital carioca em 2022, mas que o eleitor bolsonarista raiz deve girar em torno de 25% a 30% dos cariocas.

Esse é o teto estimado para o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), que hoje tem apenas 13% das intenções de voto comparado com 49% de Eduardo Paes. Nunes pondera, no entanto, que o eleitor carioca ainda não sabe que Ramagem é o candidato de Bolsonaro.



"Essa deve ser uma eleição em que Ramagem deve crescer a cada pesquisa, mas não o suficiente para ultrapassar Paes", diz.

O candidato Tarcísio Motta (PSOL) também merece atenção. Ele alcança hoje 7% das intenções de voto e deve capturar o "eleitor raiz" da esquerda.. Para Nunes, o eleitor de Motta pode ser decisivo para um voto útil em Paes contra Ramagem e garantir vitória ainda no primeiro turno.


UOL

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