O Oriente Médio e a Estupidez Humana

 


[Como entender os fatos sem conhecer donde vem a expressão Palestina?

"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta."

- Albert Einstein

A frase acima, atribuída a Einstein, proferida há cerca de 90 anos, parece jamais perder sua atualidade. Ela se mostra viva, mais uma vez, em relação ao conflito atual no Oriente Médio. A eficiente propaganda Palestina, aliada às bobagens endossadas pelas esquerdas mundo afora, fazem da história universal um componente cômico. Caso você leia todo o artigo, entenderá a escolha do título.

Ocorre que os árabes que se intitulam Palestinos já convenceram incautos que os Filisteus eram Palestinos, que os Gregos se estabeleceram na Palestina e até mesmo fazem alguns acreditar que Jesus era Palestino.

Mas, e os fatos?

Antes de uma passada pela história, vale a pena entender quem são os Palestinos, nome que designou povos totalmente diferentes em diferentes épocas.

Considera-se Palestinos hoje os Árabes que em 1947/48 habitavam o que hoje é a Cisjordânia + Israel + Faixa de Gaza + Jordânia e seus descendentes.

Na guerra de 1948/49, a então Transjordânia conquistou a região da Samária e da Judéia, às quais deu o nome de Cisjordânia. Em abril de 1950, o parlamento da Transjordânia anexou oficialmente as áreas conquistadas (fato reconhecido por um único país: Inglaterra). A partir de 1951, o termo Palestinos deixa de referir-se aos cidadãos Jordanianos.

Voltemos ao período 1897/1948. Este é o período do estabelecimento e crescimento do Movimento Sionista. Os Judeus que se dirigem à sua velha/nova Pátria se denominam, orgulhosamente, Palestinos. Seu banco é o Banco Anglo-Palestino, sua moeda é o Pound Palestino, o jornal judaico é o Palestine Post e a bandeira da Palestina, em todos os compêndios da época, similar à atual bandeira de Israel, é composta de uma faixa azul, uma branca com uma Estrela de David dourada no centro.

Há um fato muito interessante e raramente lembrado. Os ataques de Árabes a Judeus no período 1936/39 levaram os mandatários ingleses a criar a Comissão Peel para propor uma solução. Esta comissão designou toda a população local como Palestinos. As lideranças árabes rejeitaram peremptoriamente este nome e, em 1937, enviaram uma delegação a Londres exigindo que o termo Palestinos se referisse exclusivamente aos Judeus, sendo que os árabes locais teriam de ser chamados de Sírios do Sul. O NY Times de 4/12/1945 é uma boa amostra.

Este conceito permaneceu por longos anos. Em 1956, Ahmed Shukeiri proclamou na ONU: O termo Palestina é uma invenção judaica. O que os Judeus chamam de Palestinos são Sírios do Sul.

O Império Otomano, que reinou durante 400 anos na região, jamais denominou qualquer área como Palestina, apesar da divisão da região em diferentes distritos.

Durante a 2ª Grande Guerra

Havia uma Brigada de Infantaria composta por voluntários Judeus (provenientes da atual Israel) no exército Inglês. Seu nome: Regimento Palestino.

[Símbolo do Regimento palestino.

O líder da organização al-Sa eqah, Zuhair Mohsen, disse numa entrevista em 4/7/1977 ao jornal holandês Trove que a reivindicação de uma identidade palestina foi levantada apenas por razões tácticas: "Não existe Povo Palestino. Estabelecer um Estado Palestino é uma ferramenta para continuar a luta contra Israel e pela unidade árabe. Eu costumo afirmar que tal nação existe e que é diferente dos jordanianos. No entanto, não há diferenças entre jordanianos, palestinos, sírios e libaneses, somos um só povo. Só falamos sobre a identidade palestina por razões políticas, porque o interesse nacional dos árabes é encorajar a existência separada dos palestinos, em oposição ao sionismo... Assim que obtivermos os nossos direitos sobre toda a Palestina, não devemos adiar nem por um momento a unificação da Jordânia e da Palestina".

A história antes do nome Palestina.

A região no passado remoto, era chamada Canaã até o século 12 AEC, ou seja, desapareceu há cerca de 3300 anos. Já nos últimos 200 anos da época Canaanita, vastas áreas estavam em mãos das famílias estendidas de Abrahão, Isaac e Jacob e por isso estas áreas de Canaã Ðèå ( já eram conhecidas como Terra dos Hebreus.) ÔâÑèÙÝ Por volta de 1400 AEC o nome Canaã começa a ser substituído por Terra de Israel. Em 928 AEC, com a morte do Rei Salomão, a pátria judaica se divide em dois reinos distintos o Reino de Israel (Samária) ao norte e o Reino de Judá (Judéia), ao Sul. O reino norte será conquistado e destruído pelos Assírios comandados por Shalmanesser V, em 722 AEC. Nem ele, nem seu sucessor, Sargon II conseguem vencer o Reino de Judá, no sul.

O Reino de Judá (ou Judéia), com capital em Jerusalém desde o ano 1000.

AEC só é derrotado em 586 AEC, pelos Babilônios comandados por Nabucodonosor e os Judeus levados para o chamado 1º Exílio. Quando o rei persa Ciro conquista a Babilônia, os judeus cativos são autorizados a retornar e reconstruir seu Templo em Jerusalém. Os Judeus seguem vivendo no território de Judá, por mais cerca de 600 anos o que foi uma terra Judaica por mais de 1100 anos, até a conquista pelo imperador romano Tito, que destrói o 2º Templo e leva os Judeus para o exílio em 70 EC.

No entanto, muitos Judeus se escondem e permanecem.

Qual a origem do nome Palestina?

O imperador romano Adriano, no ano 132 EC, resolveu mudar o nome da cidade de Jerusalém para Aelia Capitolina e construir um templo em homenagem a Júpiter sobre o Monte Moriá, local do 1º e do 2º Templo judaico, o local mais sagrado para os Judeus. O Templo havia sido destruído por Tito há 52 anos, mas a santidade do local era inquestionável para os Judeus. A decisão é considerada inaceitável e os Judeus residentes na Judéia se revoltam, comandados por Bar Cochba.

A revolta é sangrenta, dura três anos e os exércitos Romanos sofrem pesadíssimas perdas. A Legião XXII Deiotariana foi totalmente destruída, a Legião IX Hispana teve inúmeras mortes e debandou e a Legião X Fretensis, orgulho dos Romanos, também perdeu praticamente a totalidade de seus homens.

A revolta terminou com a morte de Bar Cochba e a prisão e execução de Rabi Akiva em 135 EC. Calcula-se que 580.000 Judeus tenham morrido nesta revolta e os sobreviventes foram escravizados e expulsos da Judéia.

Adriano vai ao Senado Romano para declarar o fim da revolta e a célebre frase: "A paz comigo e com minhas tropas". No entanto, o Senado Romano (bastante antagônico a Adriano) não lhe permite dizer a frase, alegando que o altíssimo número de Romanos mortos nas batalhas não configurava uma vitória digna. Adriano se enraivece e decide punir os Judeus por sua humilhação.

O maior inimigo enfrentado pelos Judeus foram os Filisteus, povo desaparecido ainda antes da conquista de Nabucodonosor, portanto mais de 730 anos antes de Adriano. As guerras entre Filisteus e Judeus nunca desapareceram do imaginário judaico. E exatamente por este motivo, Adriano se vinga mudando o nome de Judéia para Syria Phalaestine, nome que se transforma em Palestina. Isto ocorre em 136 EC, mais de 500 anos antes do nascimento do Islamismo.

A Palestina nunca foi um Estado, jamais foi independente, jamais teve um governo próprio, uma moeda ou fronteiras definidas. Sob o nome Palestina foi ocupada sucessivamente pelos Romanos, Bizantinos, Persas, Califado Rashidun, Cruzados, Mamelucos, Otomanos e Ingleses até que finalmente se torna independente com o nome de Israel, em 1948, exatamente 1813 anos após Adriano.

Nos últimos 100 anos do império Otomano a chamada Terra Santa foi visitada por importantes personalidades que descreveram o que viram, entre eles Dom Pedro II ( Diário de Viagem à Palestina, 1876) e Mark Twain ( The New Pilgrims Progress, 1869). Ambos relatam que a terra era praticamente inabitada, sem qualquer aproveitamento agrícola. Mark Twain descreve o que viu:

"Quanto mais avançávamos, mais quente o sol ficava, e mais rochosa e nua, repulsiva e sombria se tornava a paisagem... Não vimos uma única alma durante dias... Quase não havia uma árvore ou um arbusto em qualquer lugar. Até a oliveira e o cacto, esses amigos rápidos de um solo sem valor, quase abandonaram o país".

O livro de Mark Twain é testemunha da desolação da paisagem e da feiúra do seu povo. a maior parte do país é uma extensão silenciosa e triste, pontilhada de aldeias desagradáveis de cabanas miseráveis e a reunião habitual da humanidade esquálida desgraçados desfigurados bordados de trapos imundos e infestados de vermes , nus e crianças com olhos doloridos em todos os estágios de mutilação e decadência.

A descrição de Dom Pedro II, embora mais comedida, não fica muito longe das mesmas afirmações. Os viajantes Thomas Shaw (1738), François de Boney (1785) e Alfonse de Lamartine (1825) descrevem o mesmo!

Em 1857 o Consul Inglês escreve:

" O país é consideravelmente vazio de habitantes e, portanto, a sua maior necessidade é a de um corpo populacional."

Crescimento da População Árabe.

A partir da massiva imigração judaica, entre 1877 e 1917, tudo muda. O país começa a ser habitado, a agricultura, o comércio e a indústria começam a florescer e a necessidade de mão de obra bem como os bons salários atraem multidões de Árabes, provenientes da Síria, Egito, Iraque, Arabia Saudita, Yemen e outros. Chegam muçulmanos, cristãos, Bahais, Druzos.

Também grupos não árabes chegam à Palestina, embora em menor número:

Curdos e Ciganos. São os descendentes destes imigrantes que hoje se denominam Palestinos.

E a Estupidez Humana?

A situação no Oriente Médio começa a mudar em 02/06/1964 quando o Libanês Ahmed Shukeiri e o Egipcio Yasser Arafat fundam, no Cairo a Organização de Liberação da Palestina (OLP) propagando pela eliminação de Israel, a expulsão de todos os Judeus e a criação de um Estado Árabe chamado Palestina. Ahmed Shukeiri é o mesmo ex embaixador que havia dito na ONU, em 1956, que não existe povo palestino! Ele foi delegado da Síria na ONU entre 1949 e1951, Presidente da Liga Árabe até 1956 e embaixador da Arábia Saudita na ONU entre 1957 a 1962.

A nova organização não despertou entusiasmo popular, mas tudo muda a partir de junho de 1967, após a Guerra dos Seis Dias, quando Israel revida ataques de três nações árabes e conquista território de cada uma delas. A partir de então a OLP começa a ser aceita pela população árabe e a identidade Palestina é endossada por grandes grupos árabes (embora no passado o termo Palestinos se referisse a Judeus).

Em posteriores negociações de paz, em 1979 o Egito recebe todas as terras conquistadas por Israel, exceto a Faixa de Gaza, que o Egito se nega a receber, dado o histórico de violência local. Em 1988 a Jordânia renunciou à soberania sobre a Cisjordânia (composta por Samária e Judéia). Estes dois fatores fazem com que a OLP reivindique a somatória destes dois territórios como um Estado Palestino (algo que fora recusado após a partilha da Palestina pela ONU, em 1947).

A potente máquina de propaganda Palestina é acionada para criar um clima

pró Palestina e, concomitantemente, radicalmente anti-Israelense.

Começa o infindável estoque de afirmações que são apenas estupidez baseada em desconhecimento. Assim:

* Divulgam (e muitos repetem) que Jesus era Palestino. Jesus, cujo nome correto é o nome Hebraico Yeshua é judeu praticante. O nome correto de sua mãe é Miriam, casada com Yossef nomes absolutamente judaicos, posteriormente adaptados.

* Divulgam serem os "verdadeiros Palestinos, descendentes dos Filisteus", povo que estava extinto há pelo menos 1800 anos quando da aparição de Maomé e início do Islamismo.

* Fazem o mundo "esquecer" que a cidade de Belém, no coração da Judéia, era uma cidade 100% judaica, onde nasceu Jesus e também local de nascimento do Rei David, 1030 anos antes do nascimento de Jesus.

* A estupidez humana não percebe que todos os apóstolos TODOS  eram Judeus, comprovado até por seus verdadeiros nomes judaicos a seguir:

Pedro é Simão; André é Andreas (irmão de Simão/Pedro); Tiago maior (filho de Zebedeu) é Yaakov Ben Zbeida; João é Yohanan Ben Zbeida; Filipe é Felipus Mebeit Tzeida; Bartolomeu é Natanael Bar Talmai; Mateus é Mati Levi; Tomé é Yehuda Didimus; Tiago menor (filho de Alfeu) é Yaakov Ben Chalfi; Tadeu (Judas) é Yehuda ben Yaakov; Judas Iscariotes é Yehuda Ish Kraiot e finalmente, Simão Zelote é Shimon Kanay.

No intuito de desqualificar as origens judaicas de todos os acima, foram criados nomes estranhos ao Judaísmo para todos eles. Neste contexto, é importante ressaltar que o primeiro não judeu a aceitar Jesus foi um centurião romano, Cornélio, após a crucificação.

Por todo o exposto acima, dizer que Jesus era Palestino tem o mesmo valor que dizer que o Rei David (também nascido em Belém), os profetas Isaías, Jeremias, Samuel, o Rei Salomão, João Batista, Sansão e tantos outros também seriam Palestinos uma estupidez sem tamanho.

Por Marcos L. Susskind (Jornalista)


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