Governo Lula negou três vezes pedidos de blindados para operação no Rio
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou nesta terça-feira (28) que o enfrentamento ao tráfico de drogas no estado excede os limites da atuação estadual.
Ele endossou a avaliação da porta-voz da Polícia Militar, que na véspera afirmou que a guerra entre facções criminosas ultrapassa a capacidade de atuação da corporação fluminense. Castro destacou a necessidade de apoio do governo federal, especialmente blindados das Forças Armadas, mas disse ter recebido repetidas negativas da União.
Durante entrevista no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, o governador afirmou que a operação desta terça-feira, que já resultou em pelo menos 22 mortes nos complexos da Penha e do Alemão, representa mais um conflito militar do que uma ação de segurança pública.
“Essa operação de hoje tem muito pouco a ver com Segurança Pública. É uma operação de defesa, um estado de defesa. É uma guerra que está passando os limites de onde o estado deveria estar sozinho defendendo. Para uma guerra dessa, que nada tem a ver com a segurança urbana, deveríamos ter um apoio muito maior e, talvez até, das Forças Armadas”, disse.
Castro explicou que solicitou ajuda federal em três ocasiões, incluindo o uso de blindados, mas foi informado que os veículos só poderiam ser disponibilizados mediante uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que, segundo o presidente, não teria autorização.
“Já entendemos que a política é de não ceder. Falaram que tem que ter uma GLO. Depois, voltaram atrás, porque o servidor que opera o blindado é federal e deveria ter a GLO, enquanto o presidente já falou que é contra a GLO. A gente não vai ficar chorando pelos cantos, vamos ficar trabalhando”, afirmou.
A megaoperação desta terça-feira envolveu 2,5 mil policiais e promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) e tem como objetivo cumprir mandados de prisão contra 30 integrantes do Comando Vermelho de fora do Rio, identificados como líderes de projeto de expansão territorial do CV.
Além das mortes, 56 pessoas foram presas e 31 fuzis apreendidos. O governador ressaltou que outras áreas, como o Complexo do Chapadão, também foram afetadas, com barricadas feitas por criminosos e tentativas de bloqueio da Avenida Brasil.
“Tem toda ligação com a operação na Penha e no Alemão. Eles estão fazendo de tudo para tirar a polícia de lá, porque os líderes estariam encurralados. Então essa é uma forma aprendida por eles”, explicou Castro, que disse manter o estado de alerta para possíveis retaliações. (Foto; reprodução vídeo; Fonte: O Globo)
praga que não se consegue controlar, deve ser exterminada!

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