Capitã de Mar e Guerra é baleada na cabeça dentro do Marcílio Dias
Na manhã desta terça-feira (10), uma Capitã de Mar e Guerra da Marinha do Brasil foi baleada na cabeça durante uma cerimônia no auditório da Escola de Saúde da Marinha, localizada no Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio de Janeiro. A militar, que também é superintendente de Saúde do hospital, foi socorrida por colegas e levada para o centro cirúrgico em estado grave.
No momento do ocorrido, uma operação policial da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) acontecia no Complexo do Lins, na mesma região. Há relatos de confronto na área, embora as circunstâncias exatas do disparo que atingiu a capitã ainda estejam sendo apuradas. Mais informações estão sendo investigadas pela Marinha do Brasil.
O Hospital Marcílio Dias e as críticas sobre o atendimento.
O Hospital Naval Marcílio Dias, local do incidente, já enfrentava uma série de críticas em relação ao atendimento médico prestado a militares e seus dependentes. De acordo com informações aqui da Revista Sociedade Militar, o hospital é o mais reclamado no portal Reclame Aqui entre as instituições de saúde das Forças Armadas Brasileiras. Entre as queixas estão atrasos na entrega de exames, mau atendimento, descaso com familiares e demora no tratamento de doenças graves, como câncer.
Além disso, o hospital é categorizado como “Não Recomendado” no portal Reclame Aqui devido à ausência de respostas às reclamações de usuários, uma postura que contrasta com outros hospitais militares. Em pesquisa realizada pelo Ministério Público Militar, 37,83% dos respondentes avaliaram o atendimento do Marcílio Dias como ruim ou muito ruim, destacando problemas como demora em procedimentos e infraestrutura insuficiente.
Pesquisa revela insatisfação com hospitais militares.
Uma pesquisa do Ministério Público Militar, realizada entre outubro e novembro de 2023, revelou dados preocupantes sobre os hospitais das Forças Armadas no Rio de Janeiro. No caso do Marcílio Dias, a pesquisa indicou que, além das críticas negativas, 81,1% das participações vieram de militares da Marinha, demonstrando um alto nível de insatisfação entre os usuários da instituição.
O levantamento também mostrou que o Hospital do Exército teve a maior proporção de avaliações ruins (42,85%), enquanto o hospital da Força Aérea recebeu maior percentual de avaliações positivas (36,06%). A participação massiva de militares e familiares na pesquisa sugere uma crescente percepção da família militar como clientes do sistema de saúde e um desejo de contribuir para melhorias.
O caso da Capitã de Mar e Guerra baleada agrava ainda mais a situação do Marcílio Dias, que se encontra sob intensa fiscalização e críticas públicas. O incidente levanta questões sobre a segurança no local e aumenta a pressão por respostas e mudanças nas políticas de atendimento.
Praga que não se consegue controlar, deve ser exterminada!
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