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Mostrando postagens de janeiro, 2025

Dia da PERFÍDIA

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O ministro Alexandre de Moraes (STF) foi o primeiro a ameaçar  manifestações alusivas ao 8 de Janeiro, neste mês. Ao tomar conhecimento de que o presidente Lula irá promover um ato  oficial de protesto contra a oposição nesta data, encostado nos três  comandantes das Forças Armadas e em ministros convidados do STF, tomei  isto por mais uma provocação. Ele falará o que bem entender e sem contraditório para ecoar na mídia de  aluguel. Quanto aos ministros do STF que venham a apoiar com suas  presenças, estarão antecipando e comprometendo, irregularmente, seus  votos nos processos que irão julgar os presos a mando de um deles. Que  fiquem cientes disso. Devem respeito aos brasileiros. Os pró-homens desta Nação, com raras exceções estão calados. Dois fatos, intimamente ligados, o da suspeita fraude eleitoral de 2022  e o do 8 de Janeiro, sobre eles a história revelará a verdade. No entanto, existe algo intrigante naquele acontecimento de jane...

Inusitado beija-mão

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Não recordo qual foi o cartunista que, na década de 1970, fez uma charge em que o exército cubano, comandado por um oficial soviético, entrava num país da África. O comandante ordenava: "Libertem os africanos, e se eles não quiserem libertar-se, atirem neles!". Lembrei isso ao ler matéria da Folha de S. Paulo sobre a visita de um tal Movimento Delegados pela Democracia (sic!) ao ministro Alexandre de Moraes para entregar-lhe uma homenagem pela "coragem" na defesa das instituições. Ninguém disse explicitamente, mas a homenagem foi ao modo heterodoxo com que o ministro julga e decide. E, lisonjeado com o beija-mão, ele disse que "instituições brasileiras ainda não compreenderam plenamente os riscos que a democracia brasileira correu no ano de 2022." Para ele, "tanto na polícia quanto no Ministério Público e no Judiciário, tem gente que não entendeu ainda o que nós passamos. E o perigo de isso ressurgir". Traduzindo a lisonja e a ortodoxia do minist...

Os limites e a civilização

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 Emil Cioran: o pai do niilismo radical (Agence Opale/Alamy/Fotoarena/.)  "A ideia de que vivemos num período semelhante à decadência romana é  amplamente reconhecida no mundo intelectual", leio em um texto do meu  amigo Luiz Felipe Pondé, por estes dias. Pondé é um provocador. Ele traz  ao debate um tipo neoconservador chamado Rod Dreher, cuja tese pode ser  resumida da seguinte maneira: andamos em meio a uma crise ética,  política e espiritual. Nosso império romano declinando seriam os Estados  Unidos, e estaríamos vivendo o "fim da ordem global construída no  pós-Segunda Guerra". A saída sugerida por Dreher: deveríamos redescobrir  São Bento, o monge que, no século VI, pregou a vida monástica e criou o  que viriam a ser as ordens beneditinas. Tese excelente. Diante do caos, o recuo. O livro-sensação de 2024, A  Geração Ansiosa, de Jonathan Haidt, sob certo aspecto propõe o mesmo  movimento. Seu caos é outro. É o bo...

O que existe, na vida real brasileira, é um ataque desesperado contra o pagador de impostos.

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Poucos aspectos da vida brasileira de hoje são tão cômicos quanto os que  se apresentam como dramáticos - na verdade, quanto maior é o drama no  mundo da imaginação maior é a comédia no mundo das realidades. Na  política, para se ter uma ideia de onde foram amarrar o burro deste  País, leva-se terrivelmente a sério gente como Arthur Lira ou Rodrigo  Pacheco, para não mencionar a neurose permanente do "centrão". Na  segurança pública, debate-se pontos de alta metafísica social, mas o  sacrossanto "Estado" não consegue garantir nem o direito do cidadão  à sua própria vida. Na economia, há uma discussão tórrida sobre a  "capacidade de cortar os gastos públicos", quando até uma criança de  dez anos de idade sabe que essa história não tem nada a ver com  "capacidade". Tem a ver com vontade - e a única vontade objetiva  do governo Lula é torrar tudo o que existe no Tesouro Nacional, e  sobretudo o que não existe. Tudo não passa,...

Viver no Brasil é desperdiçar a vida

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O Brasil hoje é um grande lugar para você desperdiçar sua vida. O brasileiro não é respeitado como cidadão. O estado não lhe fornece um mínimo de segurança individual. Sua vida, sua propriedade e seu bem-estar são ameaçados todos os dias. As chances de progresso pessoal estão cada vez mais limitadas. Quase tudo que o governo diz é mentira. Tudo o que tem é roubado: tiram de seu bolso, em impostos, o dinheiro que você ganhou com seu trabalho, e não devolvem, em troca, os serviços que tem a obrigação de prestar. O Tesouro Nacional transformou-se em patrimônio particular de quem manda no governo. O mérito pessoal é visto como um insulto, e a recompensa material por ele é tratada como um delito social. Quem não é descrito como “POBRE” é automaticamente culpado. O Brasil é um país ruim para educar os filhos. Aqui o homem mau dorme bem. J. R. Guzzo

Virada da Globo tem palavrão e do SBT tem culto a Deus

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Durante o Réveillon, a Rede Globo transmitiu o Show da Virada da Praia de Copacabana, onde a cantora Anitta se apresentou com canções de conteúdo impróprio. Parte da música Capa de Revista precisou ser silenciada por causa da letra com linguagem imprópria; ainda assim, alguns trechos da canção foram divulgados para milhões de telespectadores. A música tem trechos como “Ó o tamanho dessa p***”, “dou pra muita gente” e “vou pagar b******”. Nas redes sociais, internautas compararam a apresentação de Anitta na TV Globo com o Vira Brasil 2025 que foi transmitido pelo SBT no mesmo horário. A montagem que viralizou nas redes sociais mostra o momento em que o cantor Fernandinho ministra a música Uma Nova História e abençoa o Brasil representado pela bandeira nacional. A emissora comandada pelas filhas de Silvio Santos transmitiu por quatro horas o culto da virada de ano da Igreja Lagoinha Alphaville que reuniu milhares de pessoas no Allianz Parque, em São Paulo. Pleno News

País vive sob a ditadura do inquérito de Moraes sem data para acabar

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O Brasil fecha 2024 vivendo o que possivelmente tem sido o mais vicioso  período de supressão de seus direitos civis já registrado desde o AI-5  da ditadura militar. É, também, o mais longo e mais neurótico  rompimento da vida política, moral e cultural do País com a realidade  elementar. Há quase seis anos o Brasil não tem uma Constituição. Em vez  disso, tem um inquérito policial como a sua lei máxima - e contra o  qual não é possível recorrer a nada e a ninguém, nunca. Chamam isso de  democracia. O pedaço de papel com que os generais impuseram a sua ditadura ao País  dizia, basicamente, que nenhum ato do governo estava mais sujeito à  apreciação de ninguém, a começar pela justiça. O AI-5 de hoje estabelece  que nenhum ato do STF, e sobretudo do ministro Alexandre de Moraes,  está sujeito a qualquer tipo de controle, de contestação ou de reforma.  Tanto faz se esses atos violam a legislação brasileira em vigor: é o STF  ...

No nirvana, entre almofadas e perfumes...

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Quem acompanha meus artigos e crônicas, leu algum dos meus livros ou  ouviu palestras minhas ao longo dos últimos 30 anos sabe que sempre tive  respeito, mas nenhum apreço, pelo modelo político instaurado pela  Constituinte de 1988. Ele foi mal pensado, reiterou erros que nos  acompanham desde o início do período republicano e só podia dar no que  deu. Nem nos Estados Unidos o presidencialismo resiste mais ao populismo  que lhe é inerente. E note-se: a situação norte-americana só não é pior  porque lá os governadores governam e o voto distrital tira do jogo os  parlamentares oportunistas que usam a representação em benefício  próprio. Não consigo entender como haja quem diga que vivemos um longo período de  estabilidade, diante de um insucesso tão cabal, de uma experiência tão  cheia de solavancos, impeachments, maus governos, hipertrofia da máquina  pública e práticas políticas impregnadas de péssimo odor... Só quem  crio...