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Mostrando postagens de setembro, 2025

O acasalamento

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Pode o regimento interno de um poder não eleito prevalecer sobre o texto  de uma Constituição escrita por representantes que o povo escolheu  livremente? Em março de 2019, o Brasil teve a chance de dizer não à  gambiarra jurídica montada pelo Supremo Tribunal Federal para assumir  poderes absolutos, livres do controle popular. Mas, como no final dos anos 20 e no início dos anos 60, parte da elite  política e intelectual brasileira abriu alas a um regime de exceção por  conveniências de ocasião. Como o que começa mal termina pior, corto  caminho para dizer, a quem andou distraído, que o terrível saldo destes  seis anos de abusos da juristocracia brasileira está retratado no artigo  Um golpe de Estado na Suprema Corte do Brasil, publicado pelo Wall Street Journal, referência para investidores e tomadores de decisão ao redor do mundo. O texto de Maria Anastasia O'Grady, que cobre América Latina para o WSJ, descreve como o Brasil f...

O jogo está virando

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Depois de esgoelar financeiramente Alexandre de Moraes por contumaz  violação de direitos humanos no Brasil, o governo norte-americano  decidiu aplicar o mesmo garrote da chamada Lei Magnitsky à esposa do  ministro do Supremo Tribunal Federal. A decisão de sancionar Viviane  Barci de Moraes causou espanto e indignação em vozes influentes da  sociedade brasileira, da mídia aos salões do poder - mais ainda no  palácio da realeza, digo, no STF. Muitos súditos, pessoas simples que  tocam suas vidas placidamente, de vez em quando espiando uma coisinha ou  outra que sai no Jornal Nacional, também estranharam. Se se tratasse de  uma transmissão esportiva de anos atrás, Galvão Bueno lançaria a sua  pergunta tradicional em assuntos de arbitragem: "Pode isso,  Arnaldo?" Pode. Pode isso e muito mais, como teria ficado claro para muitos se  nós, jornalistas, não tivéssemos falhado em nossa obrigação de vigiar e  apontar os abusos do p...

O Brasil entre o ego de Lula e o mundo real

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O discurso de Lula na 80ª Assembleia Geral da ONU foi uma aula de evasão  dos interesses domésticos. Enquanto o mercado financeiro celebra um  suposto "tom moderado", a realidade na tribuna era a de um governante  que deliberadamente silenciou sobre o Brasil real para se dedicar a uma  guerra de narrativas globais. A euforia dos investidores se mostra  míope, ignorando que a fala presidencial, longe de ser o tal desejado  ato de diplomacia, foi um sintoma da profunda crise institucional e  geopolítica em que o país há muito se encontra. Os dramas nacionais foram obviamente ignorados. Nenhuma palavra sobre a  inflação, a crise fiscal, a estagnação econômica, a violência  desenfreada ou a insegurança jurídica que aflige a nação. Lula preferiu  se dedicar a um ataque velado aos Estados Unidos e Israel. Parece que  Lula continua a dobrar a aposta, talvez até pela falta de repertório:  depois de transformar o Judiciário em instrumen...

O blá-blá-blá sobre democracia, a CPMI do INSS e a situação de Zambelli

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  Lula fala em democracia enquanto senadores denunciam perseguição a  Zambelli. A expectativa é grande cada vez que vai alguém na CPMI do INSS, porque o  tamanho do crime é muito maior do que tudo que se apurou na Operação Lava Jato e no Mensalão. Rubens Oliveira Costa, o suposto sócio de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "Careca do INSS", vai depor nesta segunda-feira (22). O "Careca do INSS" deveria ter prestado depoimento na segunda-feira passada (15), mas cancelou de última hora. O tamanho da vontade de esconder coisas mostra o tamanho do que está  oculto. Também há uma expectativa de convocação dos advogados Enrique Lewandowski, filho do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; e Carlos Vieira Filho, filho do presidente da Caixa, Carlos Antônio Vieira Fernandes. Dino, que integrou Consórcio do Nordeste, abre inquérito sobre CPI da  Covid. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino acatou o p...

Brasil quer ser hub digital... E pode virar apenas colônia tecnológica.

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O governo lançou, com estardalhaço, a chamada Política Nacional de Data  Centers (ReData). A medida provisória seria para desonerar servidores,  cabos, refrigeração e toda a parafernália necessária para erguer  mastodontes digitais em solo brasileiro. A promessa é bonita: soberania  digital, dados processados aqui, empregos qualificados e energia limpa. Só que a realidade é sempre mais dura do que a narrativa. Soberania ou submissão? O Brasil hoje processa apenas 40% dos seus dados dentro do próprio  território. O resto é exportado para servidores estrangeiros, o que  custa caro e compromete a privacidade nacional. A lógica do governo é  simples: dar isenção fiscal para atrair gigantes como Amazon, Google,  Microsoft... E aí está o dilema: soberania digital não se compra com  desoneração fiscal. Se não houver uma política de incentivo à indústria  local, de fortalecimento da cadeia nacional de tecnologia, corremos o  risco de apenas...

RESUMO DE NOTÍCIAS Timeline

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Senado barra PEC das Prerrogativas, o vexame de Lula e sua turma na ONU e defesa pede liberdade para Bolsonaro. PEC das Prerrogativas é barrada no Senado. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado rejeitou a PEC das  Prerrogativas, ou PEC da Blindagem, para os críticos. A CCJ alegou  inconstitucionalidade... A proposta não é inconstitucional: a Constituição, no artigo 53, teve  como intenção proteger amplamente o mandato parlamentar. O problema é  que a redação da PEC a tornou imoral. Em vez de servir como freio às investigações abusivas do STF contra  opositores por suas falas, a PEC acabou sendo moldada para alcançar  parlamentares sob investigação por crimes. No fim, a rejeição da PEC não  freou o STF e desgastou a oposição... Lula e sua turma dão vexame na ONU. Na ONU, Lula defendeu facções criminosas, que ele não quer que sejam  consideradas grupos terroristas... Defendeu também as ditaduras da  Venezuela e de Cuba, defendeu a Rússi...

Lula na ONU já nos custa mais de R$ 3,2 milhões.

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  O Diário do Poder, do jornalista Cláudio Humberto, informa em 24/09/25 que  Lula na ONU já nos custa mais de R$ 3,2 milhões. A fatura total ainda não está fechada, mas a passagem de Lula (PT),  Janja e sua comitiva por Nova York, sob pretexto de participarem da  Assembleia Geral da ONU, já impôs ao pagador de impostos a salgada  fatura que supera os R$ 3,2 milhões. Esse gasto, para bancar dois dias  de Lula nos Estados Unidos, é só para custear o belíssimo hotel da  comitiva, para além da frota de limusines igualmente luxuosas usada para  os aspones zanzarem por aí. Tudo, é claro, por nossa conta. Coisa de granfino Parte da turma de Lula escolheu o estrelado Grand Hyatt New York para  desfrutar o passeio aos EUA. Mais de R$1,7 milhão só em pernoites. Esbanjam mesmo A coluna conseguiu orçar alguns quartos que ainda estavam disponíveis  nesta quarta-feira (24). Há diárias que superam os R$21,8 mil. Lula ostentação Sempre optando pela opu...

A lei do retorno pegou Alexandre de Moraes

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Alexandre de Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, em 2022.  Nem no discurso de Lula nas Nações Unidas, nem no discurso de Donald Trump, nem na conversa entre Lula e Trump (que teria durado 39 segundos), tratou-se de Lei Magnitsky . Eu me pergunto se alguma vez  passou pela cabeça de Alexandre de Moraes que tudo o que ele fez com  várias famílias se voltaria contra ele. Será que ele imaginou, algum  dia, que isso poderia acontecer? Moraes bloqueou a mãe e o filho de Carla Zambelli, que não tinham nada a  ver com as questões políticas da deputada. A Polícia Federal entrou na  casa de Oswaldo Eustáquio, quando só estavam a mulher e a filha  adolescente, e fez coisas horríveis - por causa de Eustáquio. A esposa  do deputado Eduardo Bolsonaro teve tudo bloqueado. A família Mantovani,  que bateu boca com Moraes no aeroporto de Roma, passou por um vexame,  com a PF fazendo busca e apreensão na casa da família. O que essas famílias toda...

A metamorfose de "Peninha": como Eduardo Bueno fez do ódio sua marca

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Não é de hoje que Eduardo "Peninha" Bueno demonstra desprezo pela  vida de quem pensa diferente dele. Antes de celebrar o assassinato do ativista americano Charlie Kirk - e  desencadear uma onda de repúdio público e profissional -, o jornalista  e escritor gaúcho já havia festejado e até mesmo desejado a morte de  muitas personalidades. Com um detalhe: todas são ou foram ligadas ao  campo político da direita. Recentemente, em um podcast, Bueno comentou a morte do jornalista José  Roberto Guzzo, veterano da imprensa e colunista da Gazeta do Povo, com  um exultante "Que maravilha!". Em outra entrevista, confessou ter  "vibrado" com a partida de figuras como Ronald Reagan, Henry  Kissinger, Margaret Thatcher e o ex-presidente Médici. Sobre Olavo de Carvalho, a quem chama de "escroto" e  "terraplanista", ele afirmou: "Um cara que mata urso não merece viver neste planeta" (referindo-se ao gosto do filósofo pela caça). A lista dos a...

Lula fala na ONU sob a sombra das sanções norte-americanas

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Nesta terça-feira foi dia de discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU. Fez seu discurso sob a sombra das medidas anunciadas na segunda-feira:  a empresa holding da família Moraes foi atingida pela Lei Magnitsky, e  perderam o visto mais um ministro do governo (o advogado-geral da União,  Jorge Messias) e um grupo formado, em geral, por juízes e auxiliares de  Moraes, além de Benedito Gonçalves, ministro do Superior Tribunal de  Justiça que ficou famoso com aquele cochicho no ouvido de Moraes, o  "missão dada, missão cumprida". Depois da fala de Lula, será a vez  do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Será um dia  interessante. Motta acha que anistia e defesa do Legislativo são "pautas tóxicas". Na segunda-feira o presidente da Câmara, Hugo Motta, apareceu com mais  uma: "É preciso tirar essas pautas tóxicas, porque ninguém aguenta  mais essa discussão", ele disse. O que são as "pautas tóxicas"?  Seriam os projetos critic...

A espontaneidade escondida e a artificialidade bombada

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As manifestações de 7 e 21 de setembro de 2025 expuseram o contraste  entre a força popular e a manipulação midiática. O 7 de setembro, com multidões espontâneas movidas por convicção, foi ofuscado por manchetes  secundárias, enquanto os atos de 21 de setembro, inflados por artistas  da Lei Rouanet e promovidos pela imprensa, ganharam destaque  artificial. Essa narrativa, apoiada por pesquisas que sugerem equilíbrio  inexistente, tenta apagar a voz das ruas e criar uma ilusão de paridade. Falta um VAR para chamar a verdade ao jogo. No Dia da Independência, São  Paulo, Rio e Brasília viram um mar de bandeiras verde-amarelas. Sob o  lema Reaja, Brasil , milhares se reuniram sem convocação direta de Jair  Bolsonaro, em prisão domiciliar e incomunicável. As pautas incluíam  anistia para Bolsonaro, liberdade para os presos do 8 de janeiro e  críticas ao STF, especialmente a Alexandre de Moraes, acusado de  autoritarismo. Na Avenida Paul...

Condenação de Heleno expõe ofensiva política contra militares

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A sentença de 21 anos de prisão em regime fechado imposta ao general Augusto Heleno é vista por analistas não apenas como decisão judicial, mas como parte de um processo mais amplo de expurgo político. A possibilidade de cassação de sua patente pela Justiça Militar, hoje sob forte influência do STF, reforça a percepção de aparelhamento de instituições tradicionalmente associadas à estabilidade nacional. Se antes a ofensiva parecia direcionada a lideranças civis ligadas ao bolsonarismo, o alvo agora é um dos símbolos históricos das Forças Armadas. O que preocupa não é apenas a pena aplicada, mas o impacto político: silêncio de oficiais da ativa, manifestações cautelosas de reservistas e temor generalizado de represálias. A estratégia, segundo críticos, é clara: enfraquecer quadros que poderiam resistir a um projeto político de longo prazo, transformando as Forças Armadas em braço subordinado a um poder ideológico. O paralelo mais citado é a Venezuela, onde o Judiciário serviu para disci...

EM MEIO A EMBATE COM TRUMP, LULA EMBARCA PARA EVENTO NOS EUA E ELEVA TENSÃO

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  No dia 21 de setembrode 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou para os Estados Unidos com destino à 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que ocorrerá entre os dias 22 e 24 de setembro em Nova York . Tradicionalmente, o Brasil abre a sessão de discursos desde 1955, e Lula será o primeiro a se pronunciar na cerimônia de abertura. A viagem acontece em um contexto de tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, marcado por divergências políticas e medidas econômicas que complicam a relação bilateral. Confira detalhes no vídeo: Recentemente, o governo norte-americano aplicou tarifas de 50% sobre determinados produtos brasileiros, decisão interpretada pelo governo brasileiro como uma retaliação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe. Para Lula, essas medidas evidenciam a importância de reforçar a soberania do Judiciário brasileiro e demonstram que decisões internas do país não podem ser pressionadas por fa...